
A Polícia Civil de São Paulo identificou uma adolescente de 17 anos como a responsável por enviar o bolo de pote envenenado que causou a morte de Ana Luiza de Oliveira Neves, também de 17 anos, no último fim de semana em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O caso, que inicialmente foi tratado como morte suspeita, ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira (3), após a confissão da autora. As informações são do G1.
Segundo a polícia, a adolescente prestou depoimento e confessou o crime, além de admitir que também enviou um segundo bolo envenenado a outra pessoa, que sobreviveu. A motivação do ato ainda não foi divulgada pela Polícia Civil. A Justiça foi acionada e a apreensão da jovem foi solicitada.
Entenda o caso
Ana Luiza recebeu o bolo de pote no sábado (31), entregue por um motoboy e acompanhado de um bilhete com conteúdo ainda não divulgado. O embrulho foi entregue à irmã da vítima por volta das 17h. Ana chegou em casa cerca de uma hora depois, consumiu o doce e passou mal pouco tempo depois.
Ela foi levada por seu pai a um hospital particular, diagnosticada com quadro de intoxicação, estabilizada e liberada para voltar para casa. No entanto, no dia seguinte, domingo (1º), Ana voltou a apresentar sintomas graves. Por volta das 16h, foi novamente levada ao pronto-socorro, mas já chegou à unidade sem sinais vitais.
O relatório médico indica que a adolescente sofreu uma parada cardiorrespiratória cerca de 20 minutos antes de chegar ao hospital, estava cianótica, com hipotermia, sem batimentos cardíacos e sem respiração. Apesar das tentativas de reanimação, Ana Luiza não resistiu.
Investigação em andamento
A causa aparente da morte é intoxicação alimentar, mas apenas o laudo toxicológico poderá confirmar qual substância estava no alimento. A polícia segue investigando os detalhes do caso e aguarda os exames periciais.
O boletim de ocorrência foi registrado por um amigo da família, já que os pais de Ana estavam muito abalados. A Delegacia de Itapecerica da Serra conduz as investigações.
Responsabilidade da entrega
A empresa que produziu o bolo de pote se manifestou nas redes sociais. A dona do estabelecimento afirmou que o produto foi adquirido presencialmente por uma cliente na loja física, e que a entrega na residência de Ana não foi feita por um entregador da empresa.